sábado, 16 de abril de 2011

CPI dos Transportes

Antes do Sistema Integrado

Com o Sistema Integrado

Como todos sabem ou ainda ficarão sabendo, o valor do transporte em Floripa aumentará novamente. Fiquei pensando sobre uma coisa qual gostaria de compartilhar com todos.

Bem, o objetivo desta análise é mostrar a necessidade de uma CPI dos Transportes na cidade de Florianópolis, especificamente. E para entender o meu argumento, vou utilizar o ônibus CANASVIEIRAS Ingleses como exemplo, dentro do trajeto bairro – centro.

Esta linha antigamente fazia o trajeto Santinho – Centro Florianópolis, percorrendo em média 40 km (80km considerando o total – ida e volta), numa média de 3 ônibus por hora (a partir de 5 horas da manhã até meia-noite). Tal sistema funcionava também, por exemplo, para a linha Rio Vermelho. Então, imagine os gastos para 60 ônibus que saiam por dia fazendo esse trajeto total!!!

Com o Sistema Integrado, houve redução desse trajeto: a linha Ingleses passa a ir até o Terminal de Canasvieiras (o que representa 10 km até o TICAN), onde o passageiro – assim como as demais linhas ali desembocam – desce para pegar UM ônibus (semi-direto ou direto) que leva a TODAS as linhas (alimentadoras, como chamam) para o Terminal do Centro. Então, ao invés de cada linha (canasvieiras, ingleses, ratones, rio vermelho, etc) fazer o trajeto total, ela tem um corte benéfico desse percurso para reunir todos num só terminal.

Não ignoro que surgiram algumas linhas dentro desse novo sistema, mas se analisarmos profundamente a relação trajeto total de cada linha que percorria antigamente, e como funciona hoje, como se deu a redução de gastos a partir de então, creio que podemos chegar com clareza que o valor estipulado está muito acima do que seria realmente justo (visto que o tempo de espera em cada terminal pode chegar de 10 a 30 minutos – por exemplo, perca um Campeche por um minuto pra você ver – a questão do trajeto, do uso total das linhas, do número de passageiros diários para o número de ônibus e empresa; monópolio das empresas, passageiros em excesso em diferentes horário, ônibus velhos, aumentar a tarifa a cada ano sem nenhum tipo de melhora no serviço, enfim).

Uma CPI dos Transportes poderia desvelar todos os enigmas e charadas, colocar em caixa e olhos públicos o que é de fato do nosso interesse: os gastos de um serviço que é necessidade para todos (ainda mais numa cidade que está ficando com um trânsito sufocante, sem ter como ampliar a não ser quando isso interessa aos peixes grandes, como o desafogamento para quem vai até o aeroporto, mas o trânsito para quem vai em direção ao Rio Tavares está caótico). As empresas, que também tem interesse e sua missão própria, deveriam ser as primeiras a defender a CPI, já que isso conciliaria a população de fato (sem aquela velha história de pintar movimento estudantil como agressor).

Mas se dessa vez se espalharem pelos jornais óbvios uma ótica de opressão a qualquer movimento contrário ao aumento, e juntamente fundar um concurso Garota Terminal (uma política de apaziguar os ânimos e flertar com o povo, na velha política pão e circo), acho que podemos encontrar uma resposta para o velho “quem não deve, não teme”.

E aí? Faz sentido? Será que estes valores são realmente justos? Por que não abrir os números?

Mateus Capelo


Como funciona uma CPI?

por Marina Motomura

Primeiro, o básico: uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito - é um grupo de vereadores, deputados ou senadores que se reúne para investigar alguma denúncia. O primeiro passo para uma CPI, você sabe, é quando os parlamentares assinam um pedido para a tal comissão acontecer. Para uma CPI rolar (ou ser "instalada", como os deputados falam), pelo menos um terço dos parlamentares precisa assinar o pedido. Por exemplo: na CPI mais falada do momento, a que apura denúncias de corrupção nos Correios, 33% dos deputados e senadores autografaram o pedido no mês passado. O passo seguinte é escolher um grupo de parlamentares para conduzir as investigações. No final, o que acontece? Muita gente acha que os parlamentares podem mandar alguém para a cadeia se a CPI o considerar culpado. Não pode, não! O produto final da CPI é um relatório, que vai servir de prova para que os órgãos do poder judiciário - a Polícia Civil, Federal ou o Ministério Público, por exemplo - possam, aí sim, punir os suspeitos. Isso pode dar a impressão de que as CPIs sempre terminam em pizza. Mas não é bem assim. Um estudo da USP que analisou CPIs entre 1946 - o ano da pioneira comissão - e 1999 mostrou que 53% das 303 CPIs instaladas foram concluídas. Uma delas foi fundamental até para derrubar um presidente.

http://mundoestranho.abril.com.br/cotidiano/pergunta_287299.shtml


http://www.dce.ufsc.br/movimento_transporte.html


http://www.blogdodonnysilva.com.br/?p=17187


http://blogs.maiscomunidade.com/blogdocallado/2011/03/24/distritais-defendem-instalacao-da-cpi-dos-transportes/


http://twitter.com/lataofloripa



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